As esculturas em ferro que compõem minha produção são feitas principalmente com metais doados ou achados, com maior interesse em discos cortantes, correntes, pregos, brocas, cantoneiras, ferros para sustentação e metalon. Fluxos, conexões intertemporais e também geográfica, entendo as esculturas como dispositivos mnemônicos capazes de instaurar novos locais de memória e criar uma rede de ideias e as concatenar colocando-as em disputa com a realidade. Penso que o meu ponto de partida se dá mobilizando uma ação prática, mas que só é possível por uma série de agenciamentos, caminhos e energias que confluem neste encontro. Alimentado pela ideia de não reprodução da violência implicada no Todo, mobilizo minhas investigações tencionando a memória, angulações materais, formas e narrativas buscando sugerir através desses objetos, os quais me refiro como objetos-meta, outras narrativas articulando noções de história social, território e de temporalidades